Entrevista
Luiz Mattos
Atualmente, na região Sudeste, existem em média 147 bandas cover por quarteirão. Mas houve um tempo em que não era bem assim...e foi justamente nessa época (começo dos anos 80) que surgiu a banda Túnel do Tempo. Luiz Mattos, o criador dessa banda pioneira (a mais antiga do Rio de Janeiro) nos conta tudo sobre a trajetória artística e beatlemaníaca. Direto do Túnel do Tempo...


Há quanto tempo você é fã dos Beatles ? Lembra-se de como tudo começou ?
Para que todos possam entender melhor o que se passou naquela época, gostaria de convidá-los a entrar no "Túnel do Tempo " e voltarmos ao passado... OS ANOS 60. Outubro de 1962 para ser mais preciso, Faltavam poucos meses para eu completar 13 anos de idade. Na recém inaugurada boate Au Bon Gourmet em Copacabana acontecia um Show musical estrelado por Tom Jobim, Vinícius de Moraes, João Gilberto e os Cariocas. Era o pontapé inicial para a Chamada Bossa Nova. Na Suécia, o Brasil havia ganho a sua 2ª Copa do Mundo, o filme "O Pagador de Promessas" abiscoitara a Palma de Ouro em Cannes e um grupo chamado The Beatles lançava na Inglaterra a o seu 1° compacto (Love me do / P.S I Love You ). Naquele tempo, não havia globalização, não havia Internet, nem computadores pessoais. A televisão estava começando e havia poucas rotas aéreas internacionais, o que fazia com que discos e novidades chegassem de forma muito lenta ao Brasil. Além disso, era muito difícil uma mudança no estilo de música tocada pelas rádios.

Longe do que acontecia na Inglaterra, nos EUA surgiam conjuntos que usavam até três guitarras em sua formação. O "Rock'n Roll" chegava na voz de Bill Halley e Seus Cometas (Rock Around The Clock) , Little Richard (Tutti Frutti, Long Tall Sally ), Jerry Lee Lewis (Balls of Fire), Gene Vincent (Be Bop a Lula) e tantos outros roqueiros americanos que começavam a fazer, também no Brasil, a cabeça da juventude. Suas versões brasileiras (com nomes em inglês) não tardaram a aparecer. Uma delas a dos irmãos Renato, Ed Wilson e Paulo César Barros, que montaram uma banda de guitarras, baixo e bateria. Vou falar um pouco sobre isso, baseado na história que o próprio Renato, hoje meu grande amigo, me contou. Eles formaram um conjunto chamado "Os Bacaninhas do Rock da Piedade". Mas como cantar aqueles sucessos americanos, se ninguém sabia inglês? Isto não era problema. Bastava então prestar bastante atenção ao som emitido pelos cantores e procurar reproduzi-lo enrolando a língua. Nessa época o programa "Hoje é dia de Rock", transmitido do Auditório da Rádio Mayrink Veiga, era a "coqueluche" da juventude carioca, com uma audiência enorme. Renato e sua turma se inscreveram para fazer mímica com coreografia o que, na época, era até mais valorizado do que simplesmente cantar. Assim os "Bacaninhas do Rock da Piedade" se apresentaram e... levaram uma retumbante vaia. Arrasados, voltaram para casa temendo a fria recepção dos amigos. Mas, para surpresa deles, todos deram a maior força e os incentivaram a uma nova tentativa. Assim, dias após Renato voltou para inscrever a Banda. Na hora da inscrição estava presente Jair de Taumaturgo, diretor do programa, que, ao vê-lo e se lembrando da vaia da apresentação anterior, se espantou:
- Vocês, outra vez?
E Renato, todo entusiasmado:
- Agora a gente vai fazer ao vivo!
- Meu Deus do Céu! - exclamou Jair. E completou: Não me venham com aquele nome!
- Mas só temos aquele - desculpou-se Renato.
Jair, então, se propôs a ajudá-los:
- Vamos bolar um outro nome. Como é o seu nome?
- Renato.
- Que tal "Renato e Seus Cometas"? - numa clara alusão a Bill Haley.
- Não! - descartou o próprio Jair, para sentenciar:
- "Renato e Seus Blue Caps" - numa igualmente escancarada alusão a "Gene Vincent and his Blue Caps". Renato, que achava que a carreira do conjunto não passaria daquele programa, aceitou pacificamente. Nesse dia nasceu o conjunto que mais tarde se tornaria o mais importante e mais popular da Jovem Guarda, e que influenciaria de forma marcante a minha vida.

Como assim ?
Eles se apresentaram-se cantando "Be Bop a Lula", justamente um sucesso de "Gene Vincent and His Blue Caps". E abafaram! Ganharam não só o concurso, como também a oportunidade de se apresentarem no "Programa do Chacrinha" na TV, prêmio destinado ao primeiro colocado. Foi então que eles foram fazer um Show no Esporte Clube Mackenzie, no Méier, aonde eu morava. Foi o primeiro show ao vivo que eu assisti na minha vida, fiquei deslumbrado e me lembro como se fosse hoje, que pensei : - É isso que eu quero ser, músico ... e ter a minha Banda. Foi a partir desse dia que descobri a minha inclinação pela música. Aconteceu também um fato, que eu posso dizer que os Beatles salvaram a minha vida...

Salvaram a sua vida?
Metaforicamente! Nessa época o Elvis Presley (Hound Dog) chegou e acabou de botar lenha na fogueira. Influenciados pelo visual do futuro "Rei do Rock", a galera chegava a passar cêra de sapato preta nos cabelos a fim de conseguirem o mesmo topete negro . O problema era quando a chuva surpreendia os roqueiros e a tinta escorria pelo rosto. Para mim tudo bem, meu cabelo era bem preto, devido à minha ancestralidade Japonesa (nem sei se existe esse termo), mas como a perfeição não existe, era preto, porém liso, muito liso, e ficava caindo direto na testa. Na época eu disputava a preferência das meninas do colégio com um garoto chamado Ronaldo, mas para minha desgraça o cara tinha o cabelo ondulado e um topetão igualzinho ao do Elvis. Assim eu não tinha vez. Então eu molhava o cabelo, colocava Gumex e penteava pra trás, depois dava uma ajeitada aqui, outra ali, mas nem sonhando chegava perto do original. Pior é quando o cabelo secava, começava a ficar todo espetado e eu tinha que sair correndo pra molhar e pentear, mas daqui a pouco tudo de novo... não adiantava, Só dava o Ronaldo! Esse meu pesadelo durou alguns meses, até que a Beatlemania chegou para ficar. Os filmes "Os Reis do Ié Ié Ié" e depois "Help!" levaram multidões aos cinemas. Eram gritos, desmaios e tudo mais que se tinha direito durante as projeções. Só quem viu pode acreditar. Aí tudo mudou: cabelo grande, liso e de franjinha era agora o máximo. Acabei com o reinado do cara, e ainda tive o prazer de saber que ele ficava as tardes de Sábado e Domingo com uma toca de meia na cabeça, só pra ver se o cabelo ficava liso. Ah, como é doce a vingança! Nessa época aprendi que a vida é como uma relação sexual: "uma hora você está por cima e noutra pode estar por baixo". Abençoados os Beatles...

Então começou aí a sua paixão pelos Beatles?
Começou e não parou nunca mais. Em 1965 havia o programa do Carlos Imperial na TV Rio, cuja abertura era feita por "Renato e Seus Blue Caps", sempre com uma música nova. Um belo dia, Carlos Imperial chegou para o Renato com um compacto na mão, e lhe disse: "Vê se tira essa música para amanhã". Era "I Should Have Know Better" de Lennon e McCartney. Mas... "tirar" a música implicava em aprender a letra em inglês, descobrir a vocalização, os arranjos e ensaiar. Como fazer isso de um dia para o outro? Renato achou mais fácil fazer uma versão. Foi quando nasceu "Menina Linda". O sucesso da versão foi tão grande no programa que resolveram incluí-la num disco que já estava quase pronto. E terminou sendo o grande sucesso que "puxou" o LP. Foi aí que resolvi montar uma banda...

Luiz Mattos e Ramish Stwart - guitarrista de Paul McCaertney, em 1989


Foi fácil ?
Que fácil, que nada! Outro sofrimento! Eu queria ser igual ao Paul. Então pedi ao meu pai que me comprasse um baixo. Depois de meses de muita insistência, afinal meu pai era General, cortava o cabelo príncipe Danilo e achava que todo roqueiro era vagabundo e maconheiro. Consegui que ele fosse comigo e minha mãe na loja Guitarra de Prata. Quando chegamos, meu coração disparou quando vi um Hofner igual ao do Paul na vitrine. Peguei o baixo e pedi prá experimentar. Era um legitimo Hofner, comprado em Hamburgo pelo dono da loja. Aquele som grave e acústico me fez sentir um Fab Four. Mas o sonho durou pouco, muito pouco... acordei com a voz do meu pai perguntando:
- É isso que é um baixo ?
- É - respondi.
- Só faz tum, tum, tum?
- Pai! É um baixo, né?
Então esquece! Isso eu não compro. Imagina eu ficar lá em casa ouvindo "tum, tum, tum" o dia inteiro.
Nem sei o que senti. Queria morrer. Então ele falou:
- Se queiser te dou uma guitarra, pegar ou largar.

Foi aí que minha mãe chegou perto de mim e falou no meu ouvido:
- pega a guitarra e depois tu troca com alguém por um baixo...
A guitarra era linda, uma Apollo modelo 335, linda mesmo. Mas pra mim não tinha o menor valor. Eu queria ser igual ao Paul. Nunca esquecerei a minha saída da loja. Olhava para trás e via o Hofner na vitrine. Juntei alguns amigos e montei a minha primeira banda: The Peppers. Meu vizinho, o Charles, era americano, cantava em inglês e tocava baixo. Com isso, dancei. O grupo durou até eu entrar na Faculdade de Medicina, como queria o meu Pai. Foram 3 anos, e até que fizemos algum sucesso. E eu, na guitarra... Mas, como o que é do homem o bicho não come...

Por quê você disse isso?
Por que destino existe, Camarada! Sabe aquele baixo sobre o qual eu falava a pouco? Aquele que meu Pai não quis me dar? Ele ficou por alguns meses na vitrine e como não foi vendido, o dono resolveu colocá-lo em um armário que ficava no alto da loja junto com instrumentos antigos (violinos, violas, etc.). Lá ele permaneceu por 30 anos. Acredite: 30 anos! Até que eu visitando a loja em 1995, me deparei com o instrumento. Curioso, perguntei ao dono da loja que baixo era aquele e ele me falou que havia sido comprado pelo seu falecido pai em 1965 em Hamburgo, e que estava ali desde então. Quase caí pra trás. Era ele, o meu baixo... o meu Hofner. Pedi para conversar com o dono no escritório. Falei que era Médico, beatlemaníaco, que tinha uma banda que ia tocar no Cavern Club e contei a fatídica história. Cheguei a dizer que meu Pai no Fim da Vida, tinha me pedido perdão por não ter me comprado aquele baixo etc... Enchi o saco do Cara. Ele então me vendeu o Hofner. O meu Hofner. Ao chegar em casa pensei: "Agora eu já posso ser igual ao Paul"...

Puxa ! essa foi de lascar...
Pois é... Deus ajuda quem merece, né?

Stewe Hollie (Baterista do Wings), Luiz Mattos e Bill Heckle (dono do Cavern Club)


Você fundou a Banda Túnel do Tempo em 1984, portanto é uma das Bandas mais antigas do Brasil. Há alguma diferença entre aqueles tempos e os dias de hoje?
Como eu disse anteriormente, sempre tive a frustração de não ter tocado baixo na minha banda. Em 1982 fui fazer um curso nos Estados Unidos e quando voltei trouxe um Hofner de lá. Resolvi então montar uma Banda 16 anos depois, para comemorar meu aniversário. No dia da festa, estava à tarde vendo televisão, quando passou um episódio do seriado "Túnel do Tempo". Comecei a sentir muitas saudades daquela época e resolvi batizar a Banda com o nome do seriado de TV.

Como tinha juntado uns amigos músicos daquela época, fizemos um repertório baseado em Covers (Herman Heremit's, Stones, Mamas and Papas, Beatles, etc.). Foi um sucesso. Um amigo então nos convidou para tocar numa festa no Circo Voador. Para nossa sorte, quem apresentava a festa (na qual se apresentavam vários artistas) era o Faustão, que comandava um programa em São Paulo, chamado Perdidos na Noite. Como ninguém na época tocava Covers, fomos convidados a nos apresentar no programa. Foi demais, tanto que voltamos 4 vezes. Agora vou contar uma coisa que nunca falei pra ninguém. Na época havia uma banda tocando Beatles aqui no Rio . Tocava numa casa super badalada chamada People. Um dia eu e o Pedro Lima, nosso Guitarrista até hoje (que nos anos 60 tocava na Bolha), fomos assistir a tal banda, mas pra nossa decepção os caras tocavam Beatles com arranjos próprios e usavam até bateria eletrônica. Ah! Era um sacrilegio! Afinal, Beatlemaníaco é purista, fiel mesmo. Foi aí combinamos que a partir daquele dia o Túnel do Tempo seria uma banda cover dos Beatles, com arranjos originais, roupas etc. Só prá mostrar para os caras como é que se fazia um cover dos Beatles de verdade. Foi a nossa sorte. Até hoje não paramos mais.

Em relação às diferenças, são marcantes. Nos anos 60, o músico era mais romântico. Tocava por amor e com amor. Me faz lembrar o que me disse meu avô no inicio dos anos 70, quando ponderei que o Mundo iria ficar melhor com o avanço da tecnologia. Ele me falou: "A vida poderá ficar melhor, mas as pessoas vão piorar. Vai diminuir o respeito, a amizade, o companheirismo". Infelizmente ele tinha toda razão. Quando, há 20 anos atrás, fundei o Túnel do Tempo com pessoas da década de 60, tudo funcionava bem. Tocávamos só com entusiasmo e alegria. Com o passar do tempo fui obrigado a ir renovando a Banda e a experiência que tive com alguns músicos jovens foi terrível. Conheci a falta de respeito, o mercenário. É lamentável ver garotos com 20 anos e poucos anos, ou até menos, sem a menor experiência de vida, sem passado e história musical, se sentirem à vontade para criticar os nossos cabelos brancos. Se acham os bons, os melhores, vejam só... são os famosos "Nowhere Men". Vamos ver daqui a 10 anos aonde eles vão conseguir chegar.



Nossa! É assim mesmo?
Pode acreditar. Tem garoto que não faz nada na vida. Não estuda, não faz nada pra ninguém, que vive nas costas dos Pais. E quando entra para uma Banda conhecida, não tem preparo para o sucesso e começa a querer ganhar, só ganhar. Não recebiam nada aonde estavam, e vivem reclamando, em vez de trabalhar sério. Alguns só queriam moleza... resultado: saem da banda e voltam para o anonimato de sempre. Tem também o problema da responsabilidade, da pontualidade. Tem músico que sempre chega atrasado , o horário tem sido um problema sério.

Qual a formação atual do Túnel do Tempo?
Luiz Mattos (baixo e teclado), Pedro Lima (Guitarra Solo), Mario Vitor (violão, baixo e guitarra), Moacir Junior (Bateria) e Bruno Audi (Violão, gaita e guitarra)

Luiz Mattos e Pete Best


É verdade que você foi responsável pela vinda de Pete Best e Gary Gibson (cover do Lennon) ao Brasil? Como tudo aconteceu?
É verdade. Trouxe o Pete, que conheci durante a Beatleweek, para tocar conosco no Rock in Rio Café e fiquei muito amigo dele e do irmão Rouag Best, que toca bateria junto com ele no Show. Depois me encontrei com ele em Liverpool, na inauguração do Casbash Foi ótimo porque ele me contou coisas sobre a sua vida com os Beatles, principalmente na Alemanha, que muita gente boa não sabe (mas isso fica pra outro dia). Em relação ao Gary Gibson prefiro não comentar muito, pois tratei da vinda dele durante um ano, organizei o show do Scala com ele, o Túnel e a Sgt. Peppers de BH. No final, apareceu alguém dizendo que era o Pai da Criança (aliás, do Evento). Por isso me afastei desse tipo de promoção . Tô fora...

Sua Banda foi das primeiras do Brasil a gravar no Estúdio # 2 de Abbey Road . Como foi essa experiência ?
Foi a primeira do Brasil e do Mundo. Em 1998, cinco Bandas foram convidadas para gravar em Abbey Road. Nós fomos a primeira a entrar no estúdio. As outras quatro gravaram, cada uma nos dias subseqüentes. A sensação foi indiscritível. Chegamos às 9 horas da manhã e o estúdio não estava montado ainda. Ficamos tirando fotos, babando, não acreditando que era verdade etc. Até que chegou um cara e falou: !Nós vamos montando o Estúdio e gostaríamos que vocês ficassem tocando para que a gente possa equalizar a mesa de som. Quando for a hora de gravar eu aviso. Façam de contas que estão ensaiando no Brasil". Eram 10 horas mais ou menos. Pois bem, tocamos direto. O repertório todo da gente. Quando olhei o relógio, 13:48h. O tempo passou e ninguém se deu conta, tal era a emoção. Durante esse período, apareceu um senhor de cabelos brancos e longos e ficou sentado ouvindo. Em determinado momento ele nos pediu que tocasse "Hey Jude". Ao ser atendido, começou a chorar. Era o Alphy ex- segurança e motorista dos Beatles, e ele estava lá no dia da gravação de Hey Jude. Já pensou o que o cara estava sentindo? Pois aí todo mundo chorou junto com ele. Fizemos uma pausa para almoçar, no mesmo restaurante em que os Beatles comiam antes das gravações. Depois ficamos até as 22:00h. gravando 2 músicas: "Across the Universe" e uma feita no Brasil, "Loving you", do Sulivan e letra minha. Ali, pude descobrir que o sonho nunca acabará.

Incrível! E quanto aos Shows no Mean Fiddler?
1998 foi o ano. Depois de gravar em Abbey Road, tocamos no Mean Fiddler, um Pub aonde o Paul tocou e foi gravado um CD ao vivo. O lugar é bem afastado do centro de Londres, num bairro meio barra pesada. Mas é o maior Astral . Tava lotado. Mas o lugar que é o maior barato mesmo é o Rock Garden em Covent Gard. É um Pub parecido com o Cavern, pois ele fica no subsolo e lá já tocaram os maiores nomes do Rock mundial, de Pink Floyd, The Who, Stones a The Police. E o Túnel do Tempo tocou em 1998 e 1999. é mole?

Você é colecionador? Qual o volume do seu acervo? E quanto a instrumentos, quais usa?
Tenho algumas raridades . Tenho fotos autografadas com aquele famoso "To Luiz ... best wishes!" do Paul, da Linda, do Pete Best, do Gerry and Pacemakers, do Denny Lanne, do Klaus Voorman, da Astrid uma foto caseira do Lennon autografada pela Julia (irmã do Lennon), um CD Help! autografado pelo George Martin escrito em português (que foi conseguido pelo Marcelo Fróes do Internacional Magazine, um cara super legal e o responsável pela nossa ida pela primeira vez a Liverpool), uma foto dos Beatles autografada pelos 4, nos anos 60, que me foi presenteado por um amigo de Campos, um autógrafo do Paul no Pickguard de um dos meus Hofner (eu tenho 3 originais) e muitas outras coisitas mais. Em relação a instrumentos além dos 3 Hofner, tenho uma Rick igual a do Lennon, uma Epiphone 335 igual a que o George usou algumas vezes e um Vox Ac 30 twin reverb. Mas na realidade eu coleciono mesmo é camisetas dos Beatles (tenho 128 compradas em Londres e Liverpool nesses 8 anos).

Luiz , para terminar , faça uma rápida análise do atual cenário de bandas cover no Rio de Janeiro.
Foi ótimo você me perguntar sobre isso. Ao contrário de São Paulo, o que caracteriza o cenário de Bandas Cover dos Beatles no Rio de Janeiro é uma estúpida mania de concorrência. É a maior desunião. Cada banda que surge, se auto intitula "a melhor banda cover dos Beatles". Apareceram ontem e já são as melhores. Pior é a mentira: tem banda que vive falando que já tocou em Liverpool, foi eleita a melhor do mundo etc... haja premio pra tanta banda. Outro exemplo: cada músico que passou pelo Túnel do Tempo e saiu, forma logo uma Banda e começa a destilar sua mágoa. É impossível unir essa turma, pois existe muita imaturidade no pedaço. Atualmente, além do Túnel do Tempo e do Terra Molhada (que faz arranjos), que já existem há muitos anos, tem uma Banda de garotos muito legal: a Pepperband - que leva um Beatles de qualidade. As outras... um dia chegam lá. Se Deus quiser!

Valeu, camarada!
Eu é que agradeço a oportunidade e muita Paz .

A Banda Túnel do Tempo em ação no Mean Fiddler










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