Minha Beatlemania
O que é bom dura pra sempre
Nome: Diego Silva Tavares
Idade: 16 anos
Cidade: Volta Redonda, Rio de Janeiro
Entrará pra história, esse tal ano de 1988... Senna nos encantava com seu estilo arrojado de pilotagem, e nós comemorávamos o primeiro título do nosso eterno campeão. Também foi promulgada a Constituição Federal Brasileira, que dura até os dias atuais. Mas ainda havia mais uma surpresa: numa cidadezinha do Sul do Estado do Rio de Janeiro, nasceria a minha pessoa, 18 anos após a separação da maior banda de todos os tempos.

Mas como esse pirralho se tornou um fã dos Beatles... ou, como ele mesmo se determina, um Beatlemaníaco da 3ª Geração? "It must have been Magic", como já diria Paul… O fato é que, anos depois do trágico incidente, chorávamos ainda pela morte de John (e eu, pela comida). Aprendia a engatinhar, e Paul nos brindava com Flowers in the Dirt.

Mais tarde, comecei a ler, as revistas da Turma da Mônica sempre presentes. Daí surgiram as primeiras referências dos Beatles. Algumas histórias parodiavam a vida dos Fab Four. Desde cedo, tudo apontava para que eu gostasse deles (e quem não gostaria?). Alguns anos depois, lá pelos meus 12 anos, entrei no mundo musical. Contudo, um desvio do caminho dos quatro rapazes de Liverpool. Minhas referências ainda eram outras. Um estilo muito eclético, aliás, que ia desde Chico Buarque e Djavan até Funk.

Aconteceu então, dois fatos que mudariam (literalmente) pra sempre minha vida, e me salvaram do lado escura da "música" que a mídia hoje em dia impõe sobre nossa juventude. Mudei de casa, e no meio da mudança, achei um velho violão. Que vontade de explorar aquele instrumento! Contudo, para isso era preciso instrução. Então, comecei as aulas de violão. O problema agora era conciliar essas aulas com as de inglês. Por isso, tive de mudar de turma no curso. Mas que sorte a minha! Fui cair numa turma com apenas quatro alunos. Não conhecia ninguém... então ficava na minha, as vezes ouvindo um papo estranho de um cara da minha sala com meu professor, sobre uma banda muito esquisita. Eram os tais Beatles.

A conversa girava em torno de um cd do Elton John (ou John Lennon, como eu descobriria mais tarde). Portanto, pra me enturmar, comprei o Cd #1. Meu primeiro cd e... Uau! Vinte e sete sucessos. Eles realmente eram os caras!E aos poucos... lá estava eu berrando "Get baaaack", pra quem quisesse ouvir. Então, enquanto trocava idéias sobre os Beatles no inglês, comecei a me interessar também por tocar as minhas músicas preferidas. A procura agora era pelo máximo de informações que pudesse conseguir da banda. Na era da Internet, não foi difícil descobrir que os integrantes daquela banda maravilhosa eram, na verdade, John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr.

Também descobri que se quisesse conhecer realmente a musica dos caras, uma coletânea apenas não adiantaria. E dentre meu Universo de informações dos Beatles, tinha ouvido falar do album Sgt Peppers, quase tão revolucionário quanto Che Guevara (com o perdão do trocadilho).Fui a loja de cds mais próxima e o comprei. Caramba!!! Nunca tinha ouvido músicas de qualidade tão boa! Devem ter sido 127 dias de pura criatividade musical.

Após o Sgt. Peppers, vieram o Please Please Me e o Abbey Road. Por esses cds, percebia-se a evolução musical dos caras. Desde o primeiro cd, passando pelo meio da carreira, e chegando ao último, mas não menos criativo. Começo, meio e fim. Restava agora um elo perdido dessa corrente: a história deles, o meio em que viviam e que influenciou as composições. Mesmo com a Internet, ainda precisava de mais, ou melhor, uma fonte confiável de informação.

Problema facilmente resolvido pela aquisição do Anthology. E quem melhor pra contar a história dos Beatles, senão eles mesmos? E foi ali que eu percebi... A banda havia acabado! Sim. Eu sabia. Isso era óbvio. Mas não era real pra mim, até eu assistir o processo de separação da melhor banda de todos os tempos.

E depois do fim da banda... a morte de Lennon, que também só fez parte da minha realidade no momento em que acabei de ver o Documentário Imagine. E o George?! Infelizmente, também se foi! Mas mesmo assim... Mesmo com o final da banda há anos, com a perda de integrantes... a cada dia uma nova descoberta. Uma nova chance à esperança. Uma nova chance a Paz.








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