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Paul, Audrey e Beatriz
Quinta feira, 04 de outubro de 2001
Meu dia começou muito bem, e pelas 4:30 da tarde eu já estava pedindo pro meu chefe me deixar sair mais cedo. Liguei para o Brett e pedi que ele comprasse um belo bouquet de flores. Tomei o trem de volta pra casa, me arrumei bem, escolhi o melhor vestido, o melhor sapato(pois afinal de contas não é todo dia que se tem um "encontro" com Paul McCartney).
Minutos mais tarde o Brett chega com um pasquim de flores de £1,99.
Como não gostei nem um pouco das flores deixei-as em casa e pensei em comprar um outro bouquet que fizesse mais vista. Eram 6:30 da tarde e o trânsito não estava colaborando conosco. O evento começaria as 19:30.
Sete e quinze nos encontramos parados no trânsito de Westminster. Meu celular toca, é uma mensagem da Bea, que já devia estar desesperada na frente do teatro (detalhe: eu portava os três bilhetes). Seis e vinte achamos um lugar em Leicester Square para estacionar. Seis e vinte e cinco eu estou feito louca procurando algum lugar que vendesse flores. Eu acho um supermercado Tesco, não penso duas vezes e entro. O Brett me sugeriu que comprasse flores vermelhas e amarelas, eu meio que sem entender o porque acabei comprando as tais flores. Sete e trinta eu encontro a Bea com cara de desespero e ao mesmo tempo alivio.
Entramos no teatro Queen's, fomos para o auditório, que possui um estilo bem vitoriano e Royal.
Nos sentamos Eu e o Brett na quarta fileira e Bea, bem espertinha, pulou logo pra terceira. As luzes já apagadas, começa-se a maratona de poesias. Um senhor meio maluco, descabelado e bem magro começa sua introdução. Vários poetas se apresentam. Oito e cinqüenta. Há um breve intervalo de 20 minutos. Os poetas se mostravam bem ativos e entusiásticos. Mas mesmo assim eu não via hora de ver o "convidado especial".
Nove e quinze, entra no palco o amigo do Paul, Adrian Mitchell.
Adrian leu algumas de suas poesias e depois fez um breve discurso de introdução ao nosso queridíssimo Paul. Dez horas. Paul entra no palco, mais lindo do que nunca (meninas vocês tinham que ver como ele estava lindo e elegante!).Vestindo uma blusa de malha preta com decote em V, calças cinza e sapatos modernos num tom de cinza escuro.
Pronto, já não me agüentei e levantei pra dar-lhe uma merecida salva de palmas. Ninguém se levantou, só eu!!!! Mas ele (Paul) deu uma olhadinha pra mim. Era o que eu queria. Estava pouco me lixando pra o que aquele bando de ingleses pomposos estavam achando de mim, parada ali por um longo tempo aplaudindo-o.
Ele começa a contar como se iniciou na poesia e logo em seguida começou a ler o poema "Ivan". Depois veio "In liverpool", "Maxwell's Silver Hammer", "Big Boys Bickering" (daí ele fez um comentário do tipo: 'é a primeira vez que eu usei a palavra "Fucking" numa canção.') Não me pergunte a ordem dos demais, pois eu estava muito extasiada e encantada pra prestar atenção na ordem dos poemas. Acredito que tenha sido "Dinner tickets", "Was it really twenty years ago ", "Calico Skies", "Chasing The Cherry" (o qual ele comentou se lembrar de levantar de madrugada, foi até o piso de baixo de sua casa e começou a pensar num círculo social da alta, um desses grupos Nova Yorquinos), "The Pretty Little Girl Next Door", "Wedding Invitation", "Jerk of All jerks". Nessa hora ele emocionou muita gente, pois primeiramente ele fez um discurso sobre como se sentiu no dia da morte de John e como ficou devastado e irado com aquele imbecil que houvera levado a alma de seu melhor amigo. Logo após ler o poema ele bebe um copo de água e dedica ao John dizendo: "That's for you Johnny". Nesta hora o auditório começa a aplaudi-lo imensamente.
Após ler "Jerk of All jerks", ele começa a ler "Here today" que pra mim foi um dos melhores, deu pra sentir que na verdade ele queria cantar. Ao invés de somente ler o poema, ele iniciou meio que cantando, mas depois se deu conta de que era uma poesia e ele teria de ler propriamente.
"Masseur, Masseur" foi uma das mais engraçadas, pois ele conta os diferentes e hilários tipos de massagem que teve nos quatro cantos do mundo, quando fazia seu World Tour. Num tom super descontraído, Paul deixou a platéia bem à vontade. O último poema foi "Why Don't We Do It in The Road?". Paul começou dizendo: "Vou pedir a ajuda de vocês para este próximo, onde eu direi o primeiro verso, daí vocês repetem em voz alta. O segundo verso, mais alta ainda e no terceiro, vocês fiquem a vontade para se levantar, gritar, acenar, etc...". Então ele começa: "Why Don't We Do it in The Road"... o auditório repete em voz alta, "why don't We Do in The Road". "No one will be Watching us"... as vozes vão ficando cada vez mais altas, e no terceiro verso eu e a Bea nos levantamos (acho que mais alguns três ou quatro se levantaram também) e num coro exaltado e muito animado terminamos sua poesia.
Daí eu já percebi que ele estava prestes a ir embora, então pela segunda vez eu não me agüentei, peguei minhas flores e corri pro canto do palco, gritei como sempre: "PAAUUULLLL!!!", e ele já abriu aquele sorriso meigo e veio em minha direção. Disse: "Thank you very much, I like that!!!" E deu a mão esquerda (justo a canhota) pra mim. Mais uma vez eu quase morri. Na verdade acho que ele pensou: "Meu Deus, lá vem aquela loira maluca, que sempre me ataca nos finais".
Saí de lá saltitando e dei um abraço emocionado na Bea. Quando retornei minha consciência, dei um toque ao Brett e a Bea, para deixarmos o auditório e irmos para a bendita porta dos fundos que já se encontrava numa grande aglomeração. Como sempre ele demorou bastante pra sair e só pra variar começou a chover (lembram-se que em Liverpool começou a nevar?). Isso só me faz provar pra mim mesma que eu sofro debaixo de chuva, neve e outros problemas meteorológicos só pra vê-lo mais uma vez.
Finalmente às onze e quinze ele sai acompanhado de Heather (acho que era a Heather) e mais uma vez eu toquei-o, desta vez no ombro. Ele vestia uma camisa azul listrada. E como sempre foi muito legal com os fã que estavam lá fora.
E assim terminamos mais uma Beatle Paul missão.
Foi muito legal!
Não vejo hora que ele pise no palco pra valer!!!!
Isso é que eu chamo de "Que Noite".
Beatle beijos Audrey Copping
(British Girl)
Ainda encantada !!!!
Paul, Beatriz e Audrey
Ontem foi um desses "melhores dias da minha vida"! Fomos eu e
Audrey ver o Paul recitar algumas de suas poesias em um teatro no
Soho! Sem querer estragar muito o texto que ela vai escrever
mais tarde (já que quando saímos de lá eram mais de 11 da noite e o
Brett ainda foi um santo e me trouxe para casa).
Na verdade foi uma maratona de poesias, que acontece todo ano no Dia
da Poesia, só que esse ano tinha um convidado muito especial. Achei que eu iria morrer de tédio durante o evento todo, imaginei
aqueles poetas concretos meio malucos sentados em um banquinho lendo monotonamente. Não! Foi muito legal! A maiorias dos poetas era meio "show man" também, contavam histórias engraçadas e as poesias eram muito boas, algumas acompanhadas por músicos. Valeu à pena mesmo!
Mas claro que pelo menos metade do povo estava lá para ver o Paul! E
ele não desapontou! Nós tínhamos lugar marcado na quarta fileira, mas como entramos em cima da hora, eu acabei pulando para a terceira. Foi demais quando ele apareceu! Estava vestido com uma malha preta e calca cinza, sapatos combinando. O veinho esta em forma! Ele contou muitas histórias sobre os poemas, até leu um novo, "Pretty Little Girl Next Door" (pelo jeito vem por ai mais um livro de poesias...) e foi muito emocionante quando ele estava para ler "Jerk Of All Jerks", e fez um brinde e pediu uma salva de palmas para John!
No final da apresentação, corremos para a porta dos fundos do teatro,
mas já tinha uma galera por lá esperando... debaixo de chuva e tudo,
esperamos por uma meia hora até que ele saiu, direto para carro. Eu
ainda consegui segurar na mão dele!!!!!!!!!!!!!!!!! A Audrey falou
que viu a Heather, mas eu juro que não vi, estava muito concentrada
no Paul para notar qualquer outra pessoa. Não sei como saíram minhas fotos, mas entre as de nos duas, alguma coisa decente deve ter saído. O motorista do Paul, que se chama John, parece ser o maior amigo dos fãs. Já tinha ouvido alguma histórias de como ele sempre ajuda o pessoal e ontem reparei nisso. Enquanto esperávamos pelo Paul, claro que a cada 5 minutos alguém entrava ou saia e todo mundo preparava as câmeras pra nada... mas quando ele realmente saiu, esse John deu um toque fazendo um sinal para prepararmos as câmeras! A essa altura deviam ter umas 50 pessoas esperando na chuva... Mas claro que valeu a pena!
Foi um presente de aniversário para nos duas (a Audrey fez niver a
semana passada e eu faço semana que vem!), mas eu ainda tenho a
missão de conseguir um autógrafo, então ainda não posso morrer feliz. E na ressaca do evento acho que ganhei um resfriado e dores nas costas, do estado de nervos que eu estava ontem, mas foi por uma ótima causa!
Bea
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